sábado, 24 de dezembro de 2011

THE ECOLOGIST Revista

"...são as florestas que alimentam as nascentes dos rios. Com floresta a água é armazenada no solo e quando a chuva passa, resta toda a umidade retida no solo penetrado pelas raízes. No entanto, quando nós, seres humanos, desmatamos, rompemos este ciclo natural e a água da chuva deixa de penetrar no solo e abastecer as nascentes e passa a escorrer rapidamente para os rios, causando enchentes. E enchente é sinal de seca mais adiante, pois se a água não foi naturalmente retida no solo, vai faltar na sequência temporal. Enchentes e secas são consequências do desmatamento. O único jeito de reequilibrar o sistema é plantando árvores nativas, recompondo florestas originais".
Ana Primavesi - uma das pioneiras da Agroecologia no Brasil


O atual modelo de desenvolvimento econômico predador e o estilo de vida de constante desperdício são analisados no artigo, "A Justiça na Era do Hiperconsumo", destaque de capa na edição número 21 da revista Ecologist Brasil. Em seu editorial, a revista posiciona-se contra as alterações no Código Florestal Brasileiro. Trata ainda da situação da água no planeta, os 40 anos da AGAPAN, a luta dos índios Guarani em defesa da vida e de seus territórios, a viabilidade da energia solar no Brasil, a campanha contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, além de ensinamentos de Ana Primavesi e uma homenagem à ativista queniana recentemente falecida Wangari Maathai. Também aborda o tema trabalhar em casa: rumo a uma nova sociedade, entre outros assuntos. É a edição mais brasileira de todas até agora, pois a maioria dos artigos são de autores brasileiros.
A Revista The Ecologist Brasil você encontra:
Preço: R$ 10,00
Feira Ecológica/ Banca de Livros do Augusto Carneiro:
Av José Bonifácio das 9 às 13 horas;
Ou pelo correio: theecologist@terra.com.br (com Vanete Farias)


Fonte: Blog da AGAPAN
http://www.agapan.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Belo Monte - A Guerra pela água no Brasil



Belo Monte é o nome do projeto da segunda maior Usina Hidrelátrica do Brasil - atrás da binacional Itaipu - a ser construída no Rio Xingu - Pará.

Perspectivas positivas são lançadas,

mas valerá o dano irreversível a um patrimônio do Brasil e da humanidade?

Impactos iniciais já acontecem: os ânimos estão acirrados. Outros serão causados como mudança da paisagem, transferência do povo nativo, poluições causadas pela instalação da infra-estrutura da obra, alteração na biodiversidade, da navegação e do acesso aos rios pela população, perda de fontes de renda e sustento das famílias, e, principalmente, futuramente, áreas da floresta Amazônica desaparecerão, e o rio Xingú terá seu curso desviado para um reservatório, diminuindo sua vazão e as possibililidades daqueles que dependem dele para sobreviver. Humanos e não-humanos, estão em risco. No final dos anos 80 iniciou a luta contra esta obra e ela está tomando sérias proporções.

“O Governo federal só vai construir a usina se matar os índios que vivem aqui. O Rio Xingu vai ficar vermelho de sangue”. Luis Xipaia da aldeia Tukaia

ESTÁ MUDANDO O CLIMA SÓCIO-AMBIENTAL - Somos todos vulneráveis às variações deste clima. Ambientalmente falando, a floresta, lá no norte do país, equilibra o clima aqui no sul e este equilíbrio depende de muitos fatores. Socialmente abordando o tema, as tenções e ameaças resultantes nos atingem de forma complexa. Não podemos ignorar o que está acontecendo. Ignorar no sentido de não ter as informações, como, também, de não querer saber do assunto, pois os resultados, certamente, nos atingirão.

Do ponto de vista ecológico a obra Belo Monte destrói ecossistemas que prestam serviço, gratuitamente, a toda a população, para atender a interesses econômicos. Defendemos aqui o valor ambiental, mas, também, o valor social da natureza. O desequilíbrio natural desencadeia crise social. É preciso repensar nosso modelo de desenvolvimento, nossos valores, nossas ações. Qualidade de vida para alguns não deve provocar a privação na vida - e de vida - para outros.
Para compreender mais baixe aqui o livro Mudanças Climáticas e Mudanças Socioambientais Globais: reflexões sobre alternativas de futuro
http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001918/191897POR.pdf

São muitas informações e pontos de vista, porém não podemos nos isentar.

Para acompanhar a cronologia do processo













sábado, 22 de outubro de 2011

A Natureza pede Paz...




Ouça aqui a mensagem - Quem ama tem que cuidar...



GRUPO REVELAÇÃO
AUTORES: XANDE DE PILARES E HELINHO DO SALGUEIRO
CANTA: XANDE DE PILARES E HELINHO DO SALGUEIRO


EU TE PEÇO EM PRECES MEU PAI
TRAGEDIA IGUAL NUNCA MAIS
PERDOA A GENTE SENHOR
EU SOU A FAVOR DE QUEM FAZ
PROVANDO QUE É CAPAZ
TUDO EM NOME DO AMOR
INDEPENDENTE DE RELIGIÃO OU DE RAÇA
SE HOUVER UNIÃO NÓS ALCANÇAREMOS A GRAÇA
UM FUTURO MELHOR PROS NOSSOS DESCENDENTES
O MUNDO É DE DEUS MAS TAMBEM DEPENDE DA GENTE

TEMOS QUE NOS REDIMIR
CUIDAR DO RIO E DO MAR
DEIXAR FLORESTA FLORIR
NÃO POLUIR NOSSO AR (BIS)
QUEM AMA TEM QUE CUIDAR
E PRESERVAR COM CERTEZA
PRA NÃO VER A REVOLTA DA MÃE NATUREZA

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Amante da Vida

Ao amanhecer senti a luz do sol entrando pela fresta da casa de madeira. Na verdade ainda não estava o sol a vista, mas sua luz já estava a iluminar o amanhecer! Amo o amanhecer, mais que o entardecer. Amanhecer é sempre uma nova possibilidade – foi num amanhecer trágico que pude experimentar, junto com a fragilidade a força da vida. E aprendi que não existe força separada da fragilidade, ambas coexistem. Aprendi que não existe um dia em que nascemos, que é preciso nascer todos os dias com o amanhecer. E que, nem sempre o amanhecer é como hoje, céu limpo, de um azul estonteante, de uma luminosidade inquestionável, de sinfonia de passarinhos, de flores vibrante, de filhos arteiros com plena saúde, lindos e alegres, de companheiro parceiro, de mãe que te abraça, de irmã que chega bem cedo para partilhar alguns aspecto da vida, em fim, dia cheio de fertilidade, de possibilidade!!!


Tem amanhecer, cinzento, com vento forte e até agressivo, de chuva torrencial, de lama, em vez de passarinho cantando: trovões, raios ameaçadores, filhos chorosos, companheiro ausente mesmo presente... Aprendi, que nestes dias é fundamental nascer, porque na fragilidade a vida clama... perceber a possibilidade de vida nos momentos mais duros é reconhecer o sentido de fazer parte da “Pacha-Mama”, da Pátria Grande, da Mãe Terra. Para ser sincera, mesmo com esse lindo amanhecer, tive a capacidade de dizer que o dia parecia xoxo, em seguida me dei conta do quanto mesquinha foi minha afirmação, senti o quando ainda mora em mim armadilhas de não-viver, o quanto preciso estar atenta para poder renascer todos os dias. “educar minha Esperança”, foi o que o grande Educador Paulo Freire viveu e por isso ensinou: a esperança precisa ser educada. Reafirmo a necessidade de ser consciente, pois “ser consciente é a forma radical de ser dos seres humanos”. Consciente da necessidade de manter a paixão pela vida, estar apaixonado por alguém, com certeza é muito importante, no entanto não é e nem pode ser tudo. Esse alguém é apenas parte da Vida que clama. Eu não tenho o que reclamar da vida. Estou tendo todas as possibilidades de manter a minha paixão, que é tão ampla e cada vez mais se amplia. Cada vez mais me sinto incapaz de acomodar-me no que já aprendi, no que já fui capaz de ensinar, no que já conheci... cada vez mais sinto o apelo da profundidade, da radicalidade do “ser consciente”, de continuar educando minha esperança para não desacreditar nas pessoas que me cercam, que de mim algo esperam, que não é migalha, compaixão, mas o melhor que posso dar. Minha Mãe conta 42 anos do nascimento de sua 6ª filha e 8º filho dos 11 que teve. Eu, com 42 do primeiro nascimento, conto 3, sim, conto 3 porque é assim que sinto após perder 16 companheiros e ter eu com mais alguns sobrevivido ao trágico acidente de 11 de julho de 2008, nas terras de Rondônia. Sinto-me impelida a acreditar que não estou de passagem, tenho uma missão, faço parte de um plano bem arquitetado de construção do “Bem-Viver”. Ao chegar na sala de trabalho, uma linda planta: Lírio da Paz sobre minha mesa, redonda, onda tantas reuniões de trabalho acontecem, com um cartão personaliza, com uma foto de nossa última mobilização, quase me tiraram o fôlego... muitos abraços, carinho, parabéns. Como não ser uma amante incondicional da vida? Como relaxar no processo de educação de minha esperança? Como não me dispor a partilhar todo o que pude aprender na caminhada, com tantas pessoas? Como me negar a namorar a vida? “Ir vivendo” não faz parte de mim, não pode fazer parte... De mim faz parte a intensidade, a paixão, o desejo do “Ser mais”, da busca inevitável de viver todos os risco para ser e fazer outros felizes, da incansável e necessária busca do “inédito viável”, do desvelar a realidade para conhecê-la e conhecendo transformá-la. Concordo plenamente com Jorge Bucay que diz: “Para se estar satisfeito, ativo, e sentir-se jovens e felizes, é preciso namorar a vida”.


Gratidão pela Vida!


Lurdes Marta Santin


Educadora Popular/Pedagoga


Canoas, 27 de setembro de 2011.

sábado, 23 de julho de 2011

Cartilhas pela Natureza

A cartilha é uma ótima ferramenta pedagógica para informar e fornecer base de conhecimento sobre qualquer assunto. Tal abordagem permite apresentar o tema de forma resumida, ilustrativa e acessível aos diferentes público a serem atingidos. A forma atrativa pode ser utilizado como mais uma alternativa de material didático diversificado na intenção de dinamizar aulas, motivar as pessoas para a leitura, o debate e a pesquisa. Esse material é mais um instrumento funcional a garantir a igualdade de condições para a educação inclusiva e ecopedagógica.
Dentro de meu percurso de estudos em Ecopedagogia, em 2008, construí a minha primeira cartilha contanto brevemente a história da Romaria das águas do Guaíba através do desenho de uma gotinha - A Tinha, que foi publicada pelo Ministério de Meio Ambiente e DMAE/POA.

Em 2011 foi publicada uma nova edição com a colaboração de meus filhos, pois realizamos seções de fotos para que peixinhos fossem os contadores desta atualização da trajetória da Romaria das águas do Guaíba, através de fotos das ações em várias comunidades.
Anderson e Angélica contribuíram com as várias posições dos peixes na defesa das águas.

Em 2010 e 2011, também foram lançadas pela FAUERS - Federação Afroumbandista e Espiritualista no Rio Grande do Sul - as Cartilhas pela Natureza - Porque ela é o altar de todos nós, que organizei a partir de fotos próprias e imagens retiradas da internet.
A beleza e o fundamento da religiosidade precisam ser conhecidos para se reduzir preconceitos e incentivar a prática da disseminação das ações positivas, além de espirituais, educativas, culturais e ecológicas.

    Everton Alfonsin - Presidente da FAUERS, Pádula, Inês e Lucía.
    Estas cartilhas estão sendo pesquisadas por alunas da PUCRS e da UFRGS contruindo uma ponte entre o saber da academia e o saber popular, através do Projeto de Pesquisa Ambientalização Social da Religião.


    • Padula Ferreira, bolsista de IC sob orientação da profa. Isabel Carvalho (PPG Educação PUCRS): estou pesquisando a elaboração de cartilhas ecológicas pela Federação Afro-Umabadista e Espiritualista Rio Grande Do Sul (FAUERS). O objetivo é discutir como esta tradição religiosa está incorporando a preocupação com o meio ambiente em seus rituais e ações pedagógicas junto aos seus praticantes. Quero compreender como esta Federação dialoga com sua comunidade de adeptos, a fim de educá-los ambientalmente desde uma perspectiva ecológica construindo pontes entre seus princípios religiosos e uma ética e uma moral ecológica.



    • Lucía Copelloti Guedes: O pôster foi produzido por motivo da minha apresentação no XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS, destinado à divulgação, promoção e acompanhamento dos trabalhos de Iniciação Científica desenvolvidos por alunos de graduação da UFRGS e de outras Instituições de Ensino Superior (IES).
      Na ocasião, apresentei os resultados parciais da pesquisa que estou desenvolvendo na sessão Religião e Sociedade. O objetivo da minha pesquisa é a análise das práticas de educação ambiental dos agentes afro-umbandistas e dos significados atribuídos à “Cartilha pela Natureza: porque ela é o altar de todos nós”, produzida pela FAUERS.
      O meu trabalho é um desdobramento do projeto de pesquisa Ambientalização Social da Religião, coordenado pelo Professor Carlos Alberto Steil, meu orientador, em parceria com a Professora Isabel Carvalho do PPGE/PUCRS, o qual se propõe compreender como, a partir da incorporação de um idioma ecológico, a questão ambiental é apropriada e disseminada através de diversas instituições religiosas e/ou educacionais
      .
      Fui escolhida Aluno Destaque com indicação para concorrer ao Prêmio UFRGS Jovem Pesquisador – 2011 por área do conhecimento, da sessão na qual apresentei a minha pesquisa. Para a definição do aluno que seria indicado ao prêmio a banca examinadora avaliou a contribuição do aluno para o projeto de pesquisa; a apresentação dos objetivos, da metodologia, dos resultados e das conclusões do trabalho; o domínio por parte do estudante do conteúdo do trabalho, entre outros elementos.


    • Os primeiros estudos de Lucía foram resumidos no pôster abaixo que apresentou no XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS. (clic nele para ampliar)
    A Cartilha tem a finalidade de informar e de despertar a curiosidade para a busca do conhecimento, podendo ser trabalhada em sala de aula dentro do contexto da transdisciplinaridade. A Professora Iara em Rosário do Sul é exemplo deste exercício com jovens e adultos. 

    Percurso

    Venho percorrendo uma caminhada de estudos em Ecopedagogia desde o ano 2000 pesquisando as realizações pós Eco 92 no Brasil e no Mundo as conexões entre o ecológico, a educação e o social, principalmente. Mais tarde foi se agregando, necessariamente, as questões culturais e espiritualistas.

    Dentro destes estudos, no ano de 2005, organizei junto a equipe de professores em Esteio, onde atuava na época, um seminário de cinco módulos com todos os funcionários, da seguinte forma:
    Ecopedagogia e a Cultura de Paz (4h)
    Ecopedagogia - A Pedagogia do Cuidar (4h) (que originou este blog)
    Estudos em Ecopedagogia (8h) - Agenda XXI e Transdisciplinaridade
    Estudos em Ecopedagogia II(4h) - Cidadania Planetária
    Estudos em Ecopedagogia III (4h) - Sustentabilidade
    Foram palestras, pesquisas, estudos de casos, vivências e sistematização sob minha coordenação e orientação que resultou num CD entregue a casa funcionário no final do ano.
    Em 2006 passei dos estudos e ecoações cotidianas para a concretização de ação ecopedagógica através do lançamento de uma proposta de projeto ambiental em Canoas. Tal proposta resultou de uma pesquisa de campo iniciada no ano anterior no entorno do local onde moro, a partir de um arroio. Inicialmente, em quatro educadoras, movimentamos a comunidade para apresentar propostas de conhecimento e cuidado do manancial instigadas por três razões iniciais: pela questão hídrica, por sua presença histórica na cidade e pela saúde pública.
    A Proposta transformou-se no Projeto Ambiental Arroio Araçá: Nosso Rio Guri. Hoje várias são as participações neste projeto (ver blog http://arroioaraca.blogspot.com/
    e album de fotos https://picasaweb.google.com/arroioaracacanoas) , é uma rede composta por pessoas ou organização de pessoas, conectadas, com vários tipos de ações e relações, que partilham o mesmo desejo de conhecer e cuidar.
    Em 2007 fui convidada pela Pró-Reitoria de Graduação da ULBRA Canoas, a partir deste movimento com o projeto ambiental, para palestrar no V Encontro de Educadores. O tema era 'O Educador como mediador do processo de valorização da vida'. Neste encontro apresentei a Ecopedagogia em vários sub-temas como estudos para ampliação da visão global e o Projeto do Rio Guri como ação local.
    Na mesma linha de divulgação fui painelista em 2008 no I Encontro Metropolitano de Educação Ambiental Martim-pescador - 'Integrando ações e superando desafios', (http://www.apoema.com.br/Maria%20In%C3%AAs%20Pacheco.pdf) na Unisinos em São Leopoldo, onde fui painelista. Neste mesmo ano comecei a participar da organização do Movimento Romaria das Águas, mergulhando no movimento estadual pelas águas. Contribui com a organização das cartilhas, com a ampliação das coletas d'água nas nascentes e com a construção do blog divulgando o movimento -
    http://romariadasaguasguaiba.blogspot.com/.

    Em 2009, pela Prefeitura de Esteio, participei do lançamento do Programa Auxílio Cidadadão, representando a Secretaria Municipal da Cidadania e Assistência Social, organizando encontros semanais com o grupo de moradores, em Educação Popular. Organizamos ações socioambientais para promover o embelezamento da cidade.
    Hoje (2011), como Educadora na Secretaria de Desenvolvimento Social e como Professora Tutora Virtual na Ulbra do Curso de Pedagogia, com as disciplinas de Ecopedagogia e Pedagogia Social, verifico a importância desses estudos e a atualidade dos saberes necessários para garantirmos o futuro que Morin e Freire contribuiram, cada um a sua maneira, apresentando através de eixos os caminhos a serem trilhados para que se pense e aja através da educação, da prevenção e do cuidado.

    Maria Inês Pacheco/ Pedagoga

    sábado, 9 de julho de 2011

    'As escolhas individuais são a chave da preservação'

    Os prejuízos das drogas englobam quem as usam, seus familiares e a comunidade em torno do usuário, replicando em toda a sociedade, além de causar uma imensa devastação ao meio ambiente.

    “...um grama de cocaína destrói quatro metros quadrados de floresta virgem. Cem gramas de cocaína contaminam vinte litros de água e produzem sessenta quilos de lixo... a produção de drogas é demasiadamente danosa ao meio-ambiente. Uma das maiores preocupações é com a produção da cocaína, uma vez que seus laboratórios rudimentares de refino estão dentro dos mais importantes ecossistemas da Terra. Na Colômbia, aproximadamente 8.000 há de uma área considerada parque nacional foi destruída devido ao cultivo da planta de coca somente no ano de 2007.”
    Artigo publicado pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime Organizado – UNODOC
    http://www.unodc.org/southerncone/pt/imprensa/artigos-e-discursos.html


    Este artigo é uma indicação de Fábio, catarinense, empresário,ex-interno e voluntário em uma clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos, através do seu Blog http://eueasdrogas.blogspot.com. Importante iniciativa de quem vive a experiência da drogadição para conscientizar as pessoas sobre a real dimensão dos prejuízos causados à vida daqueles que se envolvem com as drogas.
    A frase título desta postagem Fábio destaca no mesmo blog:


    'As escolhas individuais são a chave da preservação'.


    Considerando que todos estamos sendo atingidos pelas drogas, direta ou indiretamente, verifica-se que, neste caso, a prevenção é a escolha primordial para a preservação. Nesta linha indicamos o seguinte curso:


    Prevenção ao uso indevido de drogas Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias – 4 ª edição
    Inscrições até o dia 15/07/2011.

    Promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD do Ministério da Justiça, o Curso será executado pela Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O curso é gratuito, oferecido na modalidade de ensino à distância, com carga horária de 120 horas e com duração de 3 meses. Na conclusão do curso os estudantes receberão certificado de extensão universitária emitido pela UFSC.
    Durante todos os processos que envolvem os estudos e a aprendizagem dos estudantes, eles contarão com o apoio de uma equipe especializada para assisti-lo: o Sistema de Apoio ao Aluno a Distância, formado por Assistentes de Conteúdo, Monitores e Tutores.

    FAÇA SUA INSCRIÇÃO AQUI:
    http://www.sead.ufsc.br/matricula/index.php?course=senad4


    Objetivos:
    Capacitar os diversos conselheiros municipais e líderes comunitários para identificação de recursos comunitários para criação, articulação e o fortalecimento da rede de apoio local integrada.
    Disponibilizar aos estudantes informações atualizadas acerca do consumo indevido de álcool e outras drogas e sua interface com a temática violência, focalizando a prevenção numa perspectiva de direitos humanos.
    Fornecer subsídios para que os Conselheiros e Líderes capacitados possam atuar como agentes multiplicadores na prevenção da violência relacionada ao uso indevido de álcool e outras drogas
    Conteúdo Programático
    Módulo I – Classificação das drogas, Epidemiologia e Padrões de Uso
    Unidade 1 – Drogas: Classificação e efeitos no organismo
    Unidade 2 – Experimentação, uso, abuso e dependência de drogas
    Unidade 3 – Epidemiologia do uso de substancias psicotrópicas no Brasil: dados recentes
    Unidade 4 – Padrões de consumo do álcool na população brasileira
    Módulo II – Prevenção e tratamento
    Unidade 5 – Aspectos socioculturais do uso de álcool e outras drogas e exemplos de projetos de prevenção
    Unidade 6 – Prevenção – novas formas de pensar e enfrentar o problema
    Unidade 7 (I) – Redes Sociais
    Unidade 7 (II) – O trabalho comunitário e a construção de redes sociais
    Unidade 8– redução de Danos, Prevenção e Assistência
    Unidade 9 – Tratamento
    Unidade 10 – Crack. Uma abordagem multidisciplinar
    Módulo III – Políticas e Legislação
    Unidade 11 – A política e a legislação brasileira sobre drogas
    Unidade 12 – Políticas de saúde para a atenção integral a usuários de drogas
    Unidade 13 – Programas de promoção de saúde integrados na política nacional de educação: o papel da escola na prevenção ao uso de drogas (PSE, SPE, mais educação)
    Unidade 14 – Legislação e políticas para a criança e o adolescente e a Política Nacional sobre Drogas (PNAD)
    Unidade 15 – Sistema Único de Segurança Publica (SUSP) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI): um novo panorama para o Brasil
    Unidade 16 – Conselhos: espaço de participação e controle social
    Unidade 17 – Por que e como implantar um Conselho Municipal sobre Drogas
    Módulo IV – Temas Transversais
    Unidade 18 – As drogas e os meios de comunicação
    Unidade 19 – Trabalho infantil: fator de risco para a violência e para o uso de álcool e outras drogas
    Unidade 20 – Violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes
    Unidade 21 – Mediação de Conflitos
    Unidade 22 – Subvenção Social
    Promoção
    Teleconferências Anteriores

    sexta-feira, 1 de julho de 2011

    Ética e Sustentabilidade



    Assista:
    http://www.youtube.com/watch?v=-4wCtDToSuo

    Uma proposta pedagógica de proporcionar a aprendizagem integral do indivíduo dentro de uma visão ecológica de sustentabilidade.

    http://www.amigosdoverde.com.br/


    Segundo Edgar Morin, "Educação deve contribuir para a autoformação da pessoa (ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver) e ensinar como se tornar cidadão. Um cidadão é definido, em uma democracia, por sua solidariedade e responsabilidade...".

    domingo, 19 de junho de 2011

    O C U I D A D O






















    *Apresentação recebida por e-mail *


    domingo, 12 de junho de 2011

    Contribuição das Religiões para a Educação Ambiental

    A busca por soluções para a destinação final dos resíduos tem se constituído em desafio para toda a sociedade. Buscando contribuir com o debate o Instituto Venturi Para Estudos Ambientais e a FIERGS, promoverão de 13 a 15 de junho de 2011, o 3° Fórum Internacional de Resíduos Sólidos na continuidade às discussões sobre o tema iniciadas nas edições anteriores.
    Neste domingo - 12 de Junho – aconteceu o Pré-Fórum abrindo os debates com o Painel:
    Como as religiões têm contribuído para a educação ambiental permanente em suas comunidades?
    Estiveram apresentando seus trabalhos:
    FAUERS - Federação AfroUmbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul - Everton Alfonsin e Maria Inês Pacheco
    'A preservação do meio ambiente requer sensibilização ambiental, pois cuidando de si, cuidando do outro, se cuida do meio. Somos agentes ambientais: se A GENTE CURTE a natureza, A GENTE CUIDA dela. Deixemos rastros de respeito, carinho e cuidado porque a Natureza é o altar de todos nós.'


    Federação Espírita do Rio Grande do Sul - Gabriel Salun e Lea Boss Duarte
    'Contribuir para a preservação do meio-ambiente, dando sustentabilidade ao planeta transita pelo cumprimento das leis morais: Lei de Conservação, Destruição e Reprodução.Se você não souber usar o conforto que lhe é oferecido, vai faltar para alguém. O fim da cultura do desperdício significa a verdadeira inclusão social.'


    Zen Budismo - Monja Shoden

    'Eu sou o meu próprio ambiente. O meu ambiente é a manifestação da minha vida. Este é um dos princípios fundamentais do budismo: o meio ambiente em que vivemos é exatamente o reflexo da nossa vida, e efeito de causas feitas no passado.'
    Interser
    Thich Nhat Hanh
    Se você for um poeta, verá claramente que há uma nuvem flutuando nesta folha de papel. Sem uma nuvem, não haverá chuva; sem chuva, as árvores não podem crescer e, sem árvores, não podemos fazer papel. A nuvem é essencial para que o papel exista. Se ela não estiver aqui, a folha de papel também não pode estar aqui. Logo, nós podemos dizer que a nuvem e o papel intersão. "Interser" é uma palavra que não está no dicionário ainda, mas se combinarmos o prefixo "inter" com o verbo "ser", teremos este novo verbo "interser". Sem uma nuvem, não podemos ter papel, assim podemos afirmar que a nuvem e a folha de papel intersão.

    Se olharmos ainda mais profundamente para dentro desta folha de papel, nós poderemos ver os raios do sol nela. Se os raios do sol não estiverem lá, a floresta não pode crescer. De fato, nada pode crescer. Nem mesmo nó podemos crescer sem os raios do sol. E assim nós sabemos que os raios do sol também estão nesta folha de papel. O papel e os raios do sol. intersão. E, se continuarmos a olhar, poderemos ver o lenhador que cortou a árvore e a trouxe para ser transformada em papel na fábrica. E vemos o trigo. Nós sabemos que o lenhador não pode existir sem o seu pão diário e, conseqüentemente, o trigo que se tornou seu pão também está nesta folha de papel. E o pai e a mãe do lenhador estão nela também. Quando olhamos desta maneira, vemos que, sem todas estas coisas, esta folha de papel não pode existir.

    Olhando ainda mais profundamente, nós podemos ver que nós estamos nesta folha também. Isto não é difícil de ver, porque quando olhamos para uma folha de papel, a folha de papel é parte de nossa percepção. A sua mente está aqui dentro e a minha também. Então podemos dizer que todas as coisas estão aqui dentro desta folha de papel. Você não pode apontar uma única coisa que não esteja aqui- tempo, espaço, a terra, a chuva, os minerais do solo, os raios do sol, a nuvem, o rio, o calor. Tudo coexiste com esta folha de papel. É por isto que eu penso que a palavra interser deveria estar no dicionário. "Ser" é interser. Você simplesmente não pode "ser" por você mesmo, sozinho. Você tem que interser com cada uma das outras coisas. Esta folha de papel é porque tudo o mais é.

    Suponha que tentemos retornar um dos elementos à sua fonte. Suponha que nós retornemos ao sol os seus raios. Você acha que esta folha de papel seria possível? Não, sem os raios do sol nada pode existir. E se retornarmos o lenhador à sua mãe, então também não teríamos mais a folha de papel. O fato é que esta folha de papel é constituída de "elementos não-papel". E se retornarmos estes elementos não-papel às suas fontes, então absolutamente não pode haver papel. Sem os "elementos não-papel", como a mente, o lenhador, os raios do sol e assim por diante, não existirá papel algum. Tão fina quanto possa ser esta folha de papel, ela contém todas as coisas do universo dentro dela.

    Pastoral da Ecologia - Natalia Soares

    "A Bicicletada visa oportunizar vivências e trocas de experiências e culturas com a juventude, quilombolas, indígenas, pequenos agricultores e artesãos ao longo do percurso dos“Caminhos de Sepé”; discutindo problemáticas ambientais da região, propondo a criação e o fortalecimento dos Grupos Ecológicos de Base da Pastoral da Ecologia, refletindo o diferencial de vida urbana e rural, conhecendo a história do povo Guarani, sua luta pela terra e sua cultura. "


    Cultura Indígena - Liana Utinguassu e Nahuel Lonhun
    “A Humanidade depende da retomada de consciência, que passa obrigatoriamente pela Terra e pelos Filhos desta Terra, e ainda considerando a ancestralidade indígena. Neste contexto iniciou-se o programa chamado VALORES DOS POVOS DA TERRA, dentro do qual destacamos o projeto REVITALIZE: Ancestralidade e Sustentabilidade – Passado e Futuro.”



    A mesa de abertura contou com a mediação do Dr. Erwin Tochtrop - Pró-Reitor da Ulbra, com os seguintes palestrantes:


    Professor Henri Fuchs - Conselho do Ensino Religioso do Estado do Rio Grande do Sul



    Sheyk Abdul Aziz Al Nuaimi - Xeque Verde - PHd em Química

    Professora Nana Medina - Fundação Universitária Ibero Americana




    Falando das ações ecopedagógicas como Diretora de Projetos da Fauers

    Para saber mais:

    http://www.yvykuraxo.org.br/
    http://www.fauers.com.br/http:/


    www.fergs.org.br

    domingo, 15 de maio de 2011

    O Código Florestal Brasileiro

    A LEI Nº 4.771, de 15 de Setembro de 1965 institui o atual Código Florestal Brasileiro e está em grande debate. Acompanhe, pois tem a haver com seu meio natural e social.

    SOB O PONTO DE VISTA DOS AMBIENTALISTAS:

    No endereço abaixo você pode baixar a cartilha "Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental"
    http://www.wwf.org.br/informacoes/?27443/Codigo-Florestal-Entenda-o-que-esta-em-jogo-com-areforma-de-nossa-legislacao-ambiental
    O coletivo de organizações não-governamentais ambientalistas SOS Florestas lançou em janeiro de 2011 a cartilha Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental. A publicação busca explicar, com argumentos técnicos, científicos e históricos, as principais consequências das mudanças propostas pelos deputados ruralistas ao Código Florestal.
    Com o documento, o SOS Florestas procura levar para parlamentares, imprensa e cidadãos brasileiros um debate que vem ocorrendo em portas fechadas, de forma tendenciosa sem ouvir o movimento social, especialistas e academia. A cartilha será distribuída para parlamentares e tem sua versão eletrônica disponibilizada na íntegra no site do WWF-Brasil.
    A cartilha é amparada por diversos estudos científicos que foram ignorados na elaboração do projeto de mudanças no Código Florestal apoiado pelos ruralistas. Demonstra que as mudanças causariam devastação da cobertura florestal às margens de cursos d’água, contribuindo para o assoreamento do leito dos rios, aumentando a velocidade de escoamento das águas, provocando erosões e enxurradas.
    Fazem parte da frente SOS Florestas as ONGs Apremavi, Greenpeace, Imaflora, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Instituto Socioambiental (ISA) e WWF-Brasil.

    SOB O PONTO DE VISTA DOS RURALISTAS

    No endereço abaixo você pode acompanhar tal posição pelas postagens de um Engenheiro Agônomo e baixar o texto que apresenta porque mudar 'Uma lei que não funciona".
    http://www.codigoflorestal.com/
    "...uma espécie de roteiro básico que possa orientar pessoas que nunca ouviram falar no tema código florestal, ou que não sejam familiarizadas com o assunto, ou que estejam tentando escapar das fontes convencionais (ONGs verdes ou ruralistas) possam entendê-lo, conhecer suas contradições e os principais conflitos de aplicação da lei, podendo assim formar uma opinião consubstanciada e mais ou menos imparcial sobre elaO texto também mostra porque (e como) chegamos onde estamos, fala sobre o início e o desenvolvimento do entrevero político que resultou na aprovação do Relatório Rebelo e dá alguma perspectiva do que deve acontecer daqui para frente."

    terça-feira, 10 de maio de 2011

    Ecopedagogia e a Água

    Projeto de educação ambiental “Água como matriz ecopedagógica” desenvolvido pela Universidade de Brasília em escolas públicas ribeirinhas e voltado para a formação de professores e extensionistas ambientais, enfocando a água como matriz simbólica e socioambiental capaz de ressignificar a gestão cotidiana e sustentável das águas.


    http://www.cetrans.com.br/artigos/Vera_Lessa_Catalao_e_Maria_do_Socorro_Rodrigues.pdf

    http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001590/159041por.pdf

    domingo, 27 de fevereiro de 2011

    Meio, metade e inteiro...


    ! POR UM AMBIENTE INTEIRO !



    Meio metade inteira
    Cansei de coisas pelo meio
    quero agora tudo por inteiro.
    Cansei de meia palavra,
    meio sonho,
    meio começo.
    Cansei de meio pecado,
    meio arrependimento,
    meio inteiro.
    Cansei de ser meio amada,
    meio gente boa,
    meio inteligente.
    Cansei de meio amor,
    meio interesse,
    meia noite.
    Cansei de coisas que vem
    e vão parcialmente.
    Cansei de estar meio afim,
    meio por fora,
    meio cansada,
    meio com fome.
    Cansei dessas parcelas.
    Cansei desse meio caso de amor,
    cansei desse meio amigo,
    cansei dessa meia idade.
    Cansei das coisas que acontecem pelo meio,
    e cansei de ser metade.
    Que as coisas aconteçam por inteiro,
    para que sejam coisas de verdade.
    Não mais me contento com os meios,
    quero agora tudo por inteiro.

    Laura Santos


    ! FIQUE DE OLHO NO MEIO !

    terça-feira, 15 de fevereiro de 2011



    Vivemos numa sociedade com direitos, mas ela tem se voltado para os seus deveres?
    DIREITOS E DEVERES...


    CIDADANIA...
    ...direitos humanos e deveres humanos...
    ...direitos e deveres trabalhistas...
    ...direitos e deveres do consumidor...
    ...direitos e deveres da família...


    ...


    O professor Alessandro Eloy Braga (http://osnildo.wordpress.com/2008/12/17/estudar-e-um-dever-nao-um-direito/) apresenta um alerta sobre os rumos da educação, conduzida ou influenciada pelos valores em uma sociedade que apresenta grande nível de 'futilidade, hedonismo, superficialidade, amoralidade, violência, corrupção'... Os educadores em geral precisam atentar para as armadilhas na condução da educação infanto-juvenil, pois há 'necessidades sociais e pessoais básicas, que precisam ser exercidas e desempenhadas sejam elas prazerosas ou não, elas precisam ser feitas.' A vida não é um parque de diversões. O professor Alessandro coloca que 'a educação (e eu acrescento - a vida) é um processo sofrido, porque exige dedicação, comprometimento, trabalho, horas de estudo, esforço, concentração, responsabilidade, é abdicar do lazer para pensar sobre os problemas sociais e individuais, é atitude.'

    E citando a Atitude é bom lembrar do direito, e do dever, do consumidor. Na sociedade da futilidade, da superficialidade, do descartável, torna-se, também, importante repensar sobre as reais necessidades de consumo: é necessário adquirir determinados produtos? é seguro para o meio ambiente natural e social? a indústria é ética com seus trabalhadores e com o consumidor? E, quando adquirimos produtos, pensamos sobre onde irá parar os resíduos de tal consumo?

    O cumprimento do dever de cada um cada vez mais é necessário para acontecer o direito de todos. Nas ondas do tempo foram se consagrando os direitos civis (individuais), os direitos sociais (comunidades), e, com a globalização, deparamo-nos com os direitos universais. Neste contexto estão os cuidados com o meio ambiente, a solidariedade e a paz, o desenvolvimento sustentável, a partilha do patrimônio cultural e tecnológico.


    Cidadania Planetária, direitos e deveres da geração atual e das gerações futuras.

    domingo, 6 de fevereiro de 2011

    Consumo na visão ecopedagógica

    Na área sociológica a Ecopedagogia contribui com a visão do cotidiano como ambiente social e natural, sobre os conflitos que estão estabelecidos como fenômeno social, tendo muito a haver com nossos valores que se expressam na natureza.

    Para ver mais: Consumo e Ecopedagogia - Flávio Boleiz Júnior
    http://www.forumeducacao.hpg.ig.com.br/ecopedagogia/conscot.htm

    http://vidasustentavel.wordpress.com/2007/01/
    CAÍ NO MUNDO E NÃO SEI COMO VOLTAR
    Eduardo Galeano - Jornalista e escritor uruguaio

    O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…
    Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.
    E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!
    Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.
    Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.
    O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades.
    Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.
    Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida!
    É mais! Se compravam para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça.
    E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.
    Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar.
    Nada se arruma. O obsoleto é de fábrica.
    Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?
    Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.
    Quem tem menos de 30 aos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava..
    Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".
    Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo!!! Mas... por amor de Deus!
    Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.
    E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.
    Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.
    Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?
    Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres. E guardávamos...
    Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.
    Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette – até partidas ao meio – se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.
    E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.
    Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.
    Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne!!! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".
    As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.
    Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem ‘matá-los’ tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!
    E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: ‘Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora’, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.
    E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!
    Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objectos com pessoas.
    Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.
    Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.
    Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.
    Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à ‘bruxa’, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a ‘bruxa’ me ganhe a mão e seja eu o entregue...

    Artigo recebido por e-mail do Sr. Djalma- Residencial Hércules - Bairro Estância Velha/Canoas - integrante do Projeto Arroio Araçá: Nosso Rio Guri.

    Presenteando a uma das Mãe Natureza


    Religiosidade e Meio ambiente

    O vídeo da TVE, abaixo, apresenta o encerramento dos trabalhos da comunidade religiosa em prol ao meio ambiente.

    http://www.youtube.com/watch?v=sjwlSDJujuU


    Iemanjá é um orixá de grande poder e importância ao ter o seu nome diretamente ligado à origem de várias divindades que compõem o universo religioso afro-brasileiro.
    Em razão de seus poderes natos, Iemanjá é a divindade que exerce domínio sobre todas as águas. Nos rituais brasileiros ela aparece com vários nomes entre os quais se destacam Mãe D’Água, Sereia, Iara, Rainha do Mar e Janaína. Por outro, ao ter dado origem a tantos outros poderosos orixás, Iemanjá também tem a sua figura ligada ao signo da maternidade. Sua natureza fértil acaba influenciando na construção de uma imagem em que as medidas do corpo são alargadas para que se reforce a capacidade de gerar a vida dentro de si. Assumindo o sentido materno, ela também é reverenciada como uma importante divindade para aqueles que buscam consolo e proteção para enfrentar os problemas da vida presente.
    Em terras brasileiras, o culto em homenagem à Iemanjá acabou se aproximando das várias homenagens dedicadas a Nossa Senhora. Na famosa festa de Iemanjá, celebrada no segundo dia de fevereiro, os devotos desse poderoso orixá depositam peixes, arroz, mel, rosas e palmas brancas no mar. Sendo bastante popular, os louvores dirigidos para Iemanjá são também realizados por pessoas de diferentes religiões ou que apenas prestigiam o sentido de renovação e proteção ligado à sua imagem.
    As crenças populares tem devoção a Mãe Terra e a Mãe de todas Águas.

    domingo, 23 de janeiro de 2011

    Projetos da Religiosidade pela Natureza

    A ecopedagogia revela princípios ecológicos buscando, através do conhecimento, o despertar da consciência sobre o meio e, a partir de ações cotidianas, desencadear o movimento de transformação necessária. Através da analise do contexto, é uma pedagogia que visa sensibilizar, informar e criar processo de aprendizagem que resgate valores como o cuidado.
    A FAUERS - Federação AfroUmbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul, através do Projeto Oficinas, como educação não-formal, proporciona, “leitura do mundo” e a “leitura da palavra”, oportunizando aprendizagem num processo interativo e lúdico. Difundindo os princípios da cidadania planetária e saberes que possam resultar em respeito à todas as formas de vida e no convívio em harmonia com o ambiente, organizou a oficina ecológica Barco da Iemanja. Tal movimento se originou da análise sobre os resultados das homenagens que acabaram por agredir a natureza na entrega das oferendas. Foi verificado que nos presentes entregues ao mar da Mãe Iemanjá são por demais utilizados e devolvidos as madeiras, os pregos, os plásticos e vidros...Dentro da proposta de reflexão sobre tais atos a oficina tem o objetivo de desenvolver habilidades, estimulando a reflexão sobre o cuidado com o mar e o senso estético. Os participantes aprendem como transformar materiais reciclados num lindo barco de oferendas para a Mãe Iemanjá que se decompõe facilmente.
    No domingo 23/01/11, no parque Eduardo Gomes/Capão do Corvo, em Canoas, a educadora Luciana de Oxum, da Casa de Caridade Pai Thomé, organizou o material para realizar a primeira oficina: os moldes, tesouras sem ponta, papelão, jornais usados, cola, papel crepom e tinta guache para o acabamento das peças.

    Utilizando de desenho, recorte, rasgadura, colagem, montagens, pintura e decoração, crianças, jovens e adultos da religiosidade, passo a passo, conheceram e/ou experimentaram uma nova possibilidade de construir o presente a Mãe Iemanjá sem agredir o seu reino.






    A religião como fato antropológico e social faz parte da vida da maioria da população. Através dela, o ser humano, enquanto sujeito imerso culturalmente aprende sobre o valor da vida e suas manifestações. O Brasil, como Estado plural e laico, tem uma cultura de grande riqueza e valor e, tal diversidade, deve ser apresentada nas mais diversas oportunidades a população. Conhecer as visões de mundo, e as suas expressões, exige aproximação, atitude de grande abertura e despojamento, desenvolvendo outros valores como empatia, respeito e cuidado.
    A educação não-formal, dentro do movimento pela ecopedagogia, também provoca reflexão e debate sobre a realidade nas comunidades, gerando a disseminação de conhecimentos e vivências que proporcionam crescimento e autonomia aos agentes sociais, que fazem a sua história, transformando a realidade.


    Na quinta-feira - 27/01/11 as 19h, na sede da FAUERS, aconteceu a segunda oficina do Barco da Iemanjá.





    Na ocasião esteve presente realizando a oficina Lucía, aluna bolsista de iniciação científica da UFRGS que, juntamente com Stela, e sob a orientação do Professor Dr. Carlos Steil, vem participando dos eventos da FAUERS relativos ao meio ambiente. Eles estarão realizando a pesquisa Ambientalização Social da Religião, em parceria com os alunos bolsistas Pádula e Jorge da PUC, sob a orientação da Professora Drª Isabel Carvalho, sobre a produção da Cartilha Ecológica, buscando compreender a sua dimensão religiosa, pedagógica e ecológica no contexto da comunidade afroumbandista e espiritualista. Conforme a Professora Isabel o interesse é perceber processos de ambientalização de práticas de educação não formal e a presença da sensibilidade ecológica em tradições ecológicas, contribuindo com a compreensão das relações sociedade, ambiente e educação, valorizando tais práticas.
    Tal pesquisa estará sendo aqui relatada ao longo de 2011.