domingo, 12 de junho de 2011

Contribuição das Religiões para a Educação Ambiental

A busca por soluções para a destinação final dos resíduos tem se constituído em desafio para toda a sociedade. Buscando contribuir com o debate o Instituto Venturi Para Estudos Ambientais e a FIERGS, promoverão de 13 a 15 de junho de 2011, o 3° Fórum Internacional de Resíduos Sólidos na continuidade às discussões sobre o tema iniciadas nas edições anteriores.
Neste domingo - 12 de Junho – aconteceu o Pré-Fórum abrindo os debates com o Painel:
Como as religiões têm contribuído para a educação ambiental permanente em suas comunidades?
Estiveram apresentando seus trabalhos:
FAUERS - Federação AfroUmbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul - Everton Alfonsin e Maria Inês Pacheco
'A preservação do meio ambiente requer sensibilização ambiental, pois cuidando de si, cuidando do outro, se cuida do meio. Somos agentes ambientais: se A GENTE CURTE a natureza, A GENTE CUIDA dela. Deixemos rastros de respeito, carinho e cuidado porque a Natureza é o altar de todos nós.'


Federação Espírita do Rio Grande do Sul - Gabriel Salun e Lea Boss Duarte
'Contribuir para a preservação do meio-ambiente, dando sustentabilidade ao planeta transita pelo cumprimento das leis morais: Lei de Conservação, Destruição e Reprodução.Se você não souber usar o conforto que lhe é oferecido, vai faltar para alguém. O fim da cultura do desperdício significa a verdadeira inclusão social.'


Zen Budismo - Monja Shoden

'Eu sou o meu próprio ambiente. O meu ambiente é a manifestação da minha vida. Este é um dos princípios fundamentais do budismo: o meio ambiente em que vivemos é exatamente o reflexo da nossa vida, e efeito de causas feitas no passado.'
Interser
Thich Nhat Hanh
Se você for um poeta, verá claramente que há uma nuvem flutuando nesta folha de papel. Sem uma nuvem, não haverá chuva; sem chuva, as árvores não podem crescer e, sem árvores, não podemos fazer papel. A nuvem é essencial para que o papel exista. Se ela não estiver aqui, a folha de papel também não pode estar aqui. Logo, nós podemos dizer que a nuvem e o papel intersão. "Interser" é uma palavra que não está no dicionário ainda, mas se combinarmos o prefixo "inter" com o verbo "ser", teremos este novo verbo "interser". Sem uma nuvem, não podemos ter papel, assim podemos afirmar que a nuvem e a folha de papel intersão.

Se olharmos ainda mais profundamente para dentro desta folha de papel, nós poderemos ver os raios do sol nela. Se os raios do sol não estiverem lá, a floresta não pode crescer. De fato, nada pode crescer. Nem mesmo nó podemos crescer sem os raios do sol. E assim nós sabemos que os raios do sol também estão nesta folha de papel. O papel e os raios do sol. intersão. E, se continuarmos a olhar, poderemos ver o lenhador que cortou a árvore e a trouxe para ser transformada em papel na fábrica. E vemos o trigo. Nós sabemos que o lenhador não pode existir sem o seu pão diário e, conseqüentemente, o trigo que se tornou seu pão também está nesta folha de papel. E o pai e a mãe do lenhador estão nela também. Quando olhamos desta maneira, vemos que, sem todas estas coisas, esta folha de papel não pode existir.

Olhando ainda mais profundamente, nós podemos ver que nós estamos nesta folha também. Isto não é difícil de ver, porque quando olhamos para uma folha de papel, a folha de papel é parte de nossa percepção. A sua mente está aqui dentro e a minha também. Então podemos dizer que todas as coisas estão aqui dentro desta folha de papel. Você não pode apontar uma única coisa que não esteja aqui- tempo, espaço, a terra, a chuva, os minerais do solo, os raios do sol, a nuvem, o rio, o calor. Tudo coexiste com esta folha de papel. É por isto que eu penso que a palavra interser deveria estar no dicionário. "Ser" é interser. Você simplesmente não pode "ser" por você mesmo, sozinho. Você tem que interser com cada uma das outras coisas. Esta folha de papel é porque tudo o mais é.

Suponha que tentemos retornar um dos elementos à sua fonte. Suponha que nós retornemos ao sol os seus raios. Você acha que esta folha de papel seria possível? Não, sem os raios do sol nada pode existir. E se retornarmos o lenhador à sua mãe, então também não teríamos mais a folha de papel. O fato é que esta folha de papel é constituída de "elementos não-papel". E se retornarmos estes elementos não-papel às suas fontes, então absolutamente não pode haver papel. Sem os "elementos não-papel", como a mente, o lenhador, os raios do sol e assim por diante, não existirá papel algum. Tão fina quanto possa ser esta folha de papel, ela contém todas as coisas do universo dentro dela.

Pastoral da Ecologia - Natalia Soares

"A Bicicletada visa oportunizar vivências e trocas de experiências e culturas com a juventude, quilombolas, indígenas, pequenos agricultores e artesãos ao longo do percurso dos“Caminhos de Sepé”; discutindo problemáticas ambientais da região, propondo a criação e o fortalecimento dos Grupos Ecológicos de Base da Pastoral da Ecologia, refletindo o diferencial de vida urbana e rural, conhecendo a história do povo Guarani, sua luta pela terra e sua cultura. "


Cultura Indígena - Liana Utinguassu e Nahuel Lonhun
“A Humanidade depende da retomada de consciência, que passa obrigatoriamente pela Terra e pelos Filhos desta Terra, e ainda considerando a ancestralidade indígena. Neste contexto iniciou-se o programa chamado VALORES DOS POVOS DA TERRA, dentro do qual destacamos o projeto REVITALIZE: Ancestralidade e Sustentabilidade – Passado e Futuro.”



A mesa de abertura contou com a mediação do Dr. Erwin Tochtrop - Pró-Reitor da Ulbra, com os seguintes palestrantes:


Professor Henri Fuchs - Conselho do Ensino Religioso do Estado do Rio Grande do Sul



Sheyk Abdul Aziz Al Nuaimi - Xeque Verde - PHd em Química

Professora Nana Medina - Fundação Universitária Ibero Americana




Falando das ações ecopedagógicas como Diretora de Projetos da Fauers

Para saber mais:

http://www.yvykuraxo.org.br/
http://www.fauers.com.br/http:/


www.fergs.org.br

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