segunda-feira, 21 de julho de 2014

Ecopedagogia e Umbanda

Livro da umbanda lançado em 2014 
reserva capítulo sobre ecopedagogia.

 Apresentação
Desde quando iniciei minhas pesquisas dentro da temática “religiões de matrizes africanas”, venho percebendo que existe por parte de muitos dirigentes e demais adeptos uma grande preocupação com o futuro desse importante segmento afro-religioso. Preocupação voltada principalmente com a manutenção do legado deixado por aqueles que, no século passado, fizeram eclodir a Umbanda em nosso país.
Mas, ao longo desses quase 20 anos pesquisando principalmente a Umbanda, tem me inquietado o fato de não perceber de forma mais efetiva a preocupação com as questões que envolvem: a falta de uma maior aproximação e diálogo entre os diversos segmentos afro-religiosos; a pouca integração entre os Terreiros umbandistas e principalmente a falta de maior comprometimento por parte de muitos umbandistas com as questões ambientais.
Por conta disso, resolvi escrever essa obra, compartilhando com os adeptos ou não da Umbanda alguns temas que considero relevantes e necessários para um diálogo aberto e atual. Temas que Umbanda e Meio Ambiente envolvem, além das questões ambientais, outras discussões relacionadas aos novos paradigmas e às mudanças de postura diante dos 
desafios que surgem com o terceiro milênio. E afirmo com bastante otimismo que, se todos os umbandistas chegarem a um diálogo fraterno, respeitoso e principalmente ético, estará de fato se consolidando a intenção primordial do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que em suas palavras profetizava a superação do ser humano, vencendo o obstáculo do ego, da intolerância e principalmente a erradicação das amálgamas que nos afastam da fé, do amor e da verdadeira irmandade entre os pares.
Partindo dessa premissa, o livro foi contemplado com três capítulos: 

  • o primeiro: O Meio Ambiente, em que são tratados assuntos pertinentes às questões mundiais que envolvem discussões, encontros e convenções realizadas, principalmente nas décadas finais do século XX, e que alertam os seres humanos para a necessidade urgente de se repensar o papel da atual sociedade de consumo e todas as implicações decorrentes do uso insustentável dos recursos naturais; 
  • o segundo: Os Orixás e a Natureza, em que são abordados de forma objetiva, mas não menos importantes, alguns aspectos voltados aos Deuses Orixás Africanos e suas manifestações dentro do rito candomblecista e principalmente umbandista, mostrando, além do arquétipo de cada divindade, a relação estreita entre esses e os elementos da natureza; 
  • o terceiro: A Umbanda e os Novos Paradigmas, parte em que são apresentadas as propostas de ações afirmativas, direcionadas principalmente aos umbandistas e demais adeptos das religiões de matrizes africanas. E, objetivando uma visão mais cosmológica, um olhar não apenas contemplativo, considerando a importância e seriedade dos temas, a obra é finalizada com a frase emblemática do Caboclo Mirim que diz:“A Umbanda é coisa séria, para gente séria!”

Boa leitura e um Forte Axé!
Giovani Martins
http://www.iconeeditora.com.br/pdf/728286567Umbanda_Meio_Ambiente.pdf
Sumário
 Prefácio, 13
 Apresentação, 15
1. O MEIO AMBIENTE, 17
1.1. Questões Ambientais, 19
1.2. Protocolo de Kyoto, 23
1.3. Século XXI e Sustentabilidade, 24
1.4. As Religiões Afro-Brasileiras e o Meio Ambiente, 27
2. OS ORIXÁS E A NATUREZA, 35
2.1. Mitologia Africana dos Orixás, 37
2.2. Sincretismo na Umbanda, 44
2.3. Oferendas e Comidas de Santo, 48
2.4. As Ervas Sagradas na Umbanda, 57
3. A UMBANDA E OS NOVOS PARADIGMAS, 67
3.1. Mudanças na Prática Umbandista, 69
3.2. Umbanda e Sustentabilidade, 71
3.3. Sacrifícios de Animais na Umbanda, 76
3.4. Cursos: à Distância e Presenciais, 81
3.5. Ecopedagogia, 90
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 Considerações Finais, 95
 ANEXO 1. Ações Sustentáveis para Todos, 99
 ANEXO 2. Manifesto da Terra-Mãe, 109
 ANEXO 3. Carta da Terra, 117
 Referências Bibliográficas, 131
O Autor, 135

domingo, 13 de julho de 2014

Ecologia Humana

Qual é o escopo, ou, a que ciência pertence a ecologia humana? 
Várias ciências reivindicam propriedade sobre a ecologia humana. A biologia, com o estudo das cadeias tróficas e o ser humano, por exemplo, a geografia humana, com as dispersões populacionais e os estudos migratórios, a sociologia, através da pesquisa social-metabólica das comunidades humanas, a antropologia, com os estudos adaptativos-culturais da raça humana e a psicologia, através das pesquisas que relacionam o meio-ambiente e o comportamento humano. De fato a ecologia humana é uma ciência transdisciplinar, que toca todos esses campos e exige, para uma pesquisa séria, uma cuidadosa escolha do objeto de estudo e a escolha da, ou das, metodologias e disciplinas envolvidas na pesquisa. Sem dúvida, a ecologia humana é uma ciência nova, que tem ainda, como uma caixa de pandora, muito a dar para evolução da ciência humana, contribuindo com as bases teóricas do desenvolvimento sustentável e apontando limites e perspectivas que o homem precisa ter no seu processo evolutivo no planeta Terra. 
(Grifo nosso).

O cuidado está intrínsico na questão do apontar limites e perspectivas no processo evolutivo. O cuidado na sociedade, tendo como objeto de estudo sua diversidade e condicionantes, as relações,  como e quem se adapta, ou não, às inovações, os mecanismos de adaptação dos sujeitos, e, consequentemente, o desenvolvimento psicossocial, deve ser de atenção de todas as áreas das ciências.

Importante objeto de estudo atual são as redes sociais.
Como interferem no saudável desenvolvimento das relações humanas?

Que resultantes ocorrem no desenvolvimento do indivíduo, considerando sua formação contínua, cujo processo interno  é retroalimentado conforme inovações na relação com o mundo?

Projeto Caminhos do Cuidado


Fevereiro de 2014 no Canal Saúde da Fundação Oswaldo Cruz sobre o projeto Caminhos do Cuidado.

Projeto Caminhos do Cuidado vai capacitar trabalhadores em saúde de todo o país no atendimento aos usuários de crack e outras drogas

Projeto que envolve  as instituições Fiocruz (RJ), através do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (ICICT), o Grupo Hospitalar Conceição (RS) e a Rede de Escolas Técnicas do SUS, o Ministério da Saúde vai oferecer, em 2013 e 2014, cursos de formação para a totalidade dos agentes comunitários de saúde distribuídos por todos os estados e regiões do país.
Além desse público de agentes comunitários, o projeto vai abranger ainda um auxiliar ou técnico de enfermagem por cada equipe de saúde da família, perfazendo um total de 290.760 trabalhadores em saúde, que estarão recebendo informações sobre os melhores procedimentos e as práticas mais eficientes para o atendimento aos usuários de drogas, visando sempre a redução de danos.
O Projeto “Caminhos do Cuidado” se configura na ‘Formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas’ visando melhorar a atenção ao usuário e seus familiares, por meio da formação e qualificação dos profissionais da Rede de Atenção Básica à Saúde.
Esta ação se insere no eixo do Cuidado do plano integrado de combate às drogas ‘Crack, é Possível Vencer’, sob responsabilidade do Ministério da Saúde e articulado pela Casa Civil.”


...A formação em saúde mental, álcool, crack e outras drogas oferecida pelo projeto Caminhos do Cuidado vai possibilitar que você, agente comunitário de saúde e auxiliar e técnico em enfermagem, ator da Atenção Básica, possa trabalhar em conjunto com a Saúde Mental, visando melhorar a atenção às pessoas que fazem uso prejudicial de drogas e seus familiares. Esse acolhimento e cuidado ao usuário de forma integral pressupõe um novo olhar sem preconceitos e sem exclusão de qualquer natureza.
O curso aqui oferecido tem como base a política do Ministério da Saúde de Atenção Integral e o cuidado com as pessoas que fazem o uso prejudicial de drogas, norteado pela Redução de Danos (RD) aos usuários. A carga horária para os alunos será de 60 horas, sendo 2/3 do tempo gastos em horas presenciais e 1/3 em observações de campo.
Essa formação em saúde mental inova pelo dinamismo e mudança de modelos. O projeto trabalha com a quebra da lógica do “especialismo” no cuidado em saúde mental, propondo a convergência da atenção envolvendo diversas áreas e setores e promove ainda a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em seus propósitos, já que os profissionais da Atenção Básica passam a dispor de ferramentas para o acolhimento dos usuários e se tornam multiplicadores dessa linha de cuidado....

Apresentação Técnica:





Em 23 de outubro de 2013, o projeto Caminhos do Cuidado foi lançado, oficialmente, em cerimônias simultâneas, nos estados pilotos do Acre, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. Na ocasião, os Agentes Comunitários tiveram sua aula magna com uma palestra de um técnico do Ministério da Saúde...
A primeira etapa do projeto iniciou-se em outubro de 2013. Membros da coordenação do projeto Caminhos do Cuidado (executiva, planejamento, infra-estrutura, grupo condutor, macrorregiões, acadêmica, pedagógica e comunicação social) se reuniram em uma oficina de trabalho, onde foram discutidos pontos na estrutura organizacional e o cronograma de datas para a elaboração dos trabalhos por área.
Na ocasião foi definido que as oficinas de capacitação para orientadores seriam realizadas nos seis estados prioritários: Acre, São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Para alcançar a meta de formação 290.197 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (ATENFs) será necessário formar 80 orientadores e 1.200 tutores de aprendizagem.
A formação do Caminhos do Cuidado dirigida aos ACSs e ATENFs contemplará 114.532 alunos na Região Nordeste, 86.998 na Região Sudeste, 35.570 alunos na Região Sul, 32.440 alunos na Região Norte e 20.657 na Região Centro-Oeste.