quinta-feira, 11 de julho de 2013

Uma etnografia sobre práticas ecológicas


Lucía Copelotti, Graduanda em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Bolsista de iniciação científica CNPq no Núcleo de Estudos da Religião (NER), interesses de pesquisa em religião, ecologia, política, realizou seu trabalho de conclusão de curso sobre as práticas ecológicas desenvolvidas pelas religiões afro-brasileiras na região metropolitana de Porto Alegre, destacando a metodologia utilizada pela FAUERS com as cartilhas educativas, oficinas, seminários e demais ações ecológicas. 
Lucía iniciou seu trabalho em 2011 com o objetivo da análise das práticas de educação ambiental dos agentes afro-umbandistas e dos significados atribuídos à “Cartilha pela Natureza: porque ela é o altar de todos nós”, produzida pela FAUERS, como, desdobramento do projeto de pesquisa Ambientalização Social da Religião, coordenado pelo Professor orientador Carlos Alberto Steil/UFRGS em parceria com a Professora Isabel Carvalho do PPGE/PUCRS, o qual se propõe compreender como, a partir da incorporação de um idioma ecológico, a questão ambiental é apropriada e disseminada através de diversas instituições religiosas e/ou educacionais.
Em janeiro de 2013, após a pesquisa-participação, apresentou seu Trabalho de Conclusão baseado no título das cartilhas ecológicas: "PORQUE A NATUREZA É O ALTAR DE TODOS NÓS" - uma etnografia sobre as práticas ecológicas das religiões afro-brasileiras na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em 06/07/13 Lucía entregou uma cópia de seu TCC ao Presidente da FAUERS - Sr. Everton Alfonsin, ao Presidente da Casa de Caridade Pai Thomé, Sr. Ernesto Luchina (onde fica a sede da federação) e à criadora das cartilhas - Professora Maria Inês Pacheco.

De acordo com o que é difundido pela FAUERS , o objetivo da Cartilha pela Natureza, não é ensinar a fazer uma oferenda - isso é algo específico do sagrado de cada linha religiosa, trabalhado, assim, no âmbito de cada terreiro - mas o de alertar o cuidado no fazer, promovendo, desse modo, uma relação mais harmoniosa com a natureza, respeitando o ambiente daquele orixá que está sendo homenageado e evitando criar uma imagem distorcida da religião.
Lucía Copelotti Guedes

Organizado em três capítulos o trabalho de Lucía apresenta primeiramente alguns aspectos gerais sobre as situações de discriminação das religiões afrobrasileiras. No segundo capítulo são mostrados os discursos e as práticas religiosas e políticas das comunidades e, por fim, são apresentadas as propostas de conscientização e educação ambiental desenvolvidas,  principalmente, pela FAUERS, indicando uma nova postura em relação a preservação ambiental que se materializa na formulação de cadernos de orientação, na promoção de oficinas e de seminários e na realização de festas religiosas que trabalham no sentido de incentivar os religiosos a adotarem práticas ecológicas e a reformularem algumas de suas práticas tradicionais, visando, assim, o cuidado do meio ambiente.

Para ter acesso ao texto em pdf clic em 



Cartilhas e práticas ecopedagógicas em estudo

...clic na imagem para melhor visualizar...