sábado, 23 de julho de 2011

Cartilhas pela Natureza

A cartilha é uma ótima ferramenta pedagógica para informar e fornecer base de conhecimento sobre qualquer assunto. Tal abordagem permite apresentar o tema de forma resumida, ilustrativa e acessível aos diferentes público a serem atingidos. A forma atrativa pode ser utilizado como mais uma alternativa de material didático diversificado na intenção de dinamizar aulas, motivar as pessoas para a leitura, o debate e a pesquisa. Esse material é mais um instrumento funcional a garantir a igualdade de condições para a educação inclusiva e ecopedagógica.
Dentro de meu percurso de estudos em Ecopedagogia, em 2008, construí a minha primeira cartilha contanto brevemente a história da Romaria das águas do Guaíba através do desenho de uma gotinha - A Tinha, que foi publicada pelo Ministério de Meio Ambiente e DMAE/POA.

Em 2011 foi publicada uma nova edição com a colaboração de meus filhos, pois realizamos seções de fotos para que peixinhos fossem os contadores desta atualização da trajetória da Romaria das águas do Guaíba, através de fotos das ações em várias comunidades.
Anderson e Angélica contribuíram com as várias posições dos peixes na defesa das águas.

Em 2010 e 2011, também foram lançadas pela FAUERS - Federação Afroumbandista e Espiritualista no Rio Grande do Sul - as Cartilhas pela Natureza - Porque ela é o altar de todos nós, que organizei a partir de fotos próprias e imagens retiradas da internet.
A beleza e o fundamento da religiosidade precisam ser conhecidos para se reduzir preconceitos e incentivar a prática da disseminação das ações positivas, além de espirituais, educativas, culturais e ecológicas.

    Everton Alfonsin - Presidente da FAUERS, Pádula, Inês e Lucía.
    Estas cartilhas estão sendo pesquisadas por alunas da PUCRS e da UFRGS contruindo uma ponte entre o saber da academia e o saber popular, através do Projeto de Pesquisa Ambientalização Social da Religião.


    • Padula Ferreira, bolsista de IC sob orientação da profa. Isabel Carvalho (PPG Educação PUCRS): estou pesquisando a elaboração de cartilhas ecológicas pela Federação Afro-Umabadista e Espiritualista Rio Grande Do Sul (FAUERS). O objetivo é discutir como esta tradição religiosa está incorporando a preocupação com o meio ambiente em seus rituais e ações pedagógicas junto aos seus praticantes. Quero compreender como esta Federação dialoga com sua comunidade de adeptos, a fim de educá-los ambientalmente desde uma perspectiva ecológica construindo pontes entre seus princípios religiosos e uma ética e uma moral ecológica.



    • Lucía Copelloti Guedes: O pôster foi produzido por motivo da minha apresentação no XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS, destinado à divulgação, promoção e acompanhamento dos trabalhos de Iniciação Científica desenvolvidos por alunos de graduação da UFRGS e de outras Instituições de Ensino Superior (IES).
      Na ocasião, apresentei os resultados parciais da pesquisa que estou desenvolvendo na sessão Religião e Sociedade. O objetivo da minha pesquisa é a análise das práticas de educação ambiental dos agentes afro-umbandistas e dos significados atribuídos à “Cartilha pela Natureza: porque ela é o altar de todos nós”, produzida pela FAUERS.
      O meu trabalho é um desdobramento do projeto de pesquisa Ambientalização Social da Religião, coordenado pelo Professor Carlos Alberto Steil, meu orientador, em parceria com a Professora Isabel Carvalho do PPGE/PUCRS, o qual se propõe compreender como, a partir da incorporação de um idioma ecológico, a questão ambiental é apropriada e disseminada através de diversas instituições religiosas e/ou educacionais
      .
      Fui escolhida Aluno Destaque com indicação para concorrer ao Prêmio UFRGS Jovem Pesquisador – 2011 por área do conhecimento, da sessão na qual apresentei a minha pesquisa. Para a definição do aluno que seria indicado ao prêmio a banca examinadora avaliou a contribuição do aluno para o projeto de pesquisa; a apresentação dos objetivos, da metodologia, dos resultados e das conclusões do trabalho; o domínio por parte do estudante do conteúdo do trabalho, entre outros elementos.


    • Os primeiros estudos de Lucía foram resumidos no pôster abaixo que apresentou no XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS. (clic nele para ampliar)
    A Cartilha tem a finalidade de informar e de despertar a curiosidade para a busca do conhecimento, podendo ser trabalhada em sala de aula dentro do contexto da transdisciplinaridade. A Professora Iara em Rosário do Sul é exemplo deste exercício com jovens e adultos. 

    Percurso

    Venho percorrendo uma caminhada de estudos em Ecopedagogia desde o ano 2000 pesquisando as realizações pós Eco 92 no Brasil e no Mundo as conexões entre o ecológico, a educação e o social, principalmente. Mais tarde foi se agregando, necessariamente, as questões culturais e espiritualistas.

    Dentro destes estudos, no ano de 2005, organizei junto a equipe de professores em Esteio, onde atuava na época, um seminário de cinco módulos com todos os funcionários, da seguinte forma:
    Ecopedagogia e a Cultura de Paz (4h)
    Ecopedagogia - A Pedagogia do Cuidar (4h) (que originou este blog)
    Estudos em Ecopedagogia (8h) - Agenda XXI e Transdisciplinaridade
    Estudos em Ecopedagogia II(4h) - Cidadania Planetária
    Estudos em Ecopedagogia III (4h) - Sustentabilidade
    Foram palestras, pesquisas, estudos de casos, vivências e sistematização sob minha coordenação e orientação que resultou num CD entregue a casa funcionário no final do ano.
    Em 2006 passei dos estudos e ecoações cotidianas para a concretização de ação ecopedagógica através do lançamento de uma proposta de projeto ambiental em Canoas. Tal proposta resultou de uma pesquisa de campo iniciada no ano anterior no entorno do local onde moro, a partir de um arroio. Inicialmente, em quatro educadoras, movimentamos a comunidade para apresentar propostas de conhecimento e cuidado do manancial instigadas por três razões iniciais: pela questão hídrica, por sua presença histórica na cidade e pela saúde pública.
    A Proposta transformou-se no Projeto Ambiental Arroio Araçá: Nosso Rio Guri. Hoje várias são as participações neste projeto (ver blog http://arroioaraca.blogspot.com/
    e album de fotos https://picasaweb.google.com/arroioaracacanoas) , é uma rede composta por pessoas ou organização de pessoas, conectadas, com vários tipos de ações e relações, que partilham o mesmo desejo de conhecer e cuidar.
    Em 2007 fui convidada pela Pró-Reitoria de Graduação da ULBRA Canoas, a partir deste movimento com o projeto ambiental, para palestrar no V Encontro de Educadores. O tema era 'O Educador como mediador do processo de valorização da vida'. Neste encontro apresentei a Ecopedagogia em vários sub-temas como estudos para ampliação da visão global e o Projeto do Rio Guri como ação local.
    Na mesma linha de divulgação fui painelista em 2008 no I Encontro Metropolitano de Educação Ambiental Martim-pescador - 'Integrando ações e superando desafios', (http://www.apoema.com.br/Maria%20In%C3%AAs%20Pacheco.pdf) na Unisinos em São Leopoldo, onde fui painelista. Neste mesmo ano comecei a participar da organização do Movimento Romaria das Águas, mergulhando no movimento estadual pelas águas. Contribui com a organização das cartilhas, com a ampliação das coletas d'água nas nascentes e com a construção do blog divulgando o movimento -
    http://romariadasaguasguaiba.blogspot.com/.

    Em 2009, pela Prefeitura de Esteio, participei do lançamento do Programa Auxílio Cidadadão, representando a Secretaria Municipal da Cidadania e Assistência Social, organizando encontros semanais com o grupo de moradores, em Educação Popular. Organizamos ações socioambientais para promover o embelezamento da cidade.
    Hoje (2011), como Educadora na Secretaria de Desenvolvimento Social e como Professora Tutora Virtual na Ulbra do Curso de Pedagogia, com as disciplinas de Ecopedagogia e Pedagogia Social, verifico a importância desses estudos e a atualidade dos saberes necessários para garantirmos o futuro que Morin e Freire contribuiram, cada um a sua maneira, apresentando através de eixos os caminhos a serem trilhados para que se pense e aja através da educação, da prevenção e do cuidado.

    Maria Inês Pacheco/ Pedagoga

    sábado, 9 de julho de 2011

    'As escolhas individuais são a chave da preservação'

    Os prejuízos das drogas englobam quem as usam, seus familiares e a comunidade em torno do usuário, replicando em toda a sociedade, além de causar uma imensa devastação ao meio ambiente.

    “...um grama de cocaína destrói quatro metros quadrados de floresta virgem. Cem gramas de cocaína contaminam vinte litros de água e produzem sessenta quilos de lixo... a produção de drogas é demasiadamente danosa ao meio-ambiente. Uma das maiores preocupações é com a produção da cocaína, uma vez que seus laboratórios rudimentares de refino estão dentro dos mais importantes ecossistemas da Terra. Na Colômbia, aproximadamente 8.000 há de uma área considerada parque nacional foi destruída devido ao cultivo da planta de coca somente no ano de 2007.”
    Artigo publicado pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime Organizado – UNODOC
    http://www.unodc.org/southerncone/pt/imprensa/artigos-e-discursos.html


    Este artigo é uma indicação de Fábio, catarinense, empresário,ex-interno e voluntário em uma clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos, através do seu Blog http://eueasdrogas.blogspot.com. Importante iniciativa de quem vive a experiência da drogadição para conscientizar as pessoas sobre a real dimensão dos prejuízos causados à vida daqueles que se envolvem com as drogas.
    A frase título desta postagem Fábio destaca no mesmo blog:


    'As escolhas individuais são a chave da preservação'.


    Considerando que todos estamos sendo atingidos pelas drogas, direta ou indiretamente, verifica-se que, neste caso, a prevenção é a escolha primordial para a preservação. Nesta linha indicamos o seguinte curso:


    Prevenção ao uso indevido de drogas Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias – 4 ª edição
    Inscrições até o dia 15/07/2011.

    Promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD do Ministério da Justiça, o Curso será executado pela Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O curso é gratuito, oferecido na modalidade de ensino à distância, com carga horária de 120 horas e com duração de 3 meses. Na conclusão do curso os estudantes receberão certificado de extensão universitária emitido pela UFSC.
    Durante todos os processos que envolvem os estudos e a aprendizagem dos estudantes, eles contarão com o apoio de uma equipe especializada para assisti-lo: o Sistema de Apoio ao Aluno a Distância, formado por Assistentes de Conteúdo, Monitores e Tutores.

    FAÇA SUA INSCRIÇÃO AQUI:
    http://www.sead.ufsc.br/matricula/index.php?course=senad4


    Objetivos:
    Capacitar os diversos conselheiros municipais e líderes comunitários para identificação de recursos comunitários para criação, articulação e o fortalecimento da rede de apoio local integrada.
    Disponibilizar aos estudantes informações atualizadas acerca do consumo indevido de álcool e outras drogas e sua interface com a temática violência, focalizando a prevenção numa perspectiva de direitos humanos.
    Fornecer subsídios para que os Conselheiros e Líderes capacitados possam atuar como agentes multiplicadores na prevenção da violência relacionada ao uso indevido de álcool e outras drogas
    Conteúdo Programático
    Módulo I – Classificação das drogas, Epidemiologia e Padrões de Uso
    Unidade 1 – Drogas: Classificação e efeitos no organismo
    Unidade 2 – Experimentação, uso, abuso e dependência de drogas
    Unidade 3 – Epidemiologia do uso de substancias psicotrópicas no Brasil: dados recentes
    Unidade 4 – Padrões de consumo do álcool na população brasileira
    Módulo II – Prevenção e tratamento
    Unidade 5 – Aspectos socioculturais do uso de álcool e outras drogas e exemplos de projetos de prevenção
    Unidade 6 – Prevenção – novas formas de pensar e enfrentar o problema
    Unidade 7 (I) – Redes Sociais
    Unidade 7 (II) – O trabalho comunitário e a construção de redes sociais
    Unidade 8– redução de Danos, Prevenção e Assistência
    Unidade 9 – Tratamento
    Unidade 10 – Crack. Uma abordagem multidisciplinar
    Módulo III – Políticas e Legislação
    Unidade 11 – A política e a legislação brasileira sobre drogas
    Unidade 12 – Políticas de saúde para a atenção integral a usuários de drogas
    Unidade 13 – Programas de promoção de saúde integrados na política nacional de educação: o papel da escola na prevenção ao uso de drogas (PSE, SPE, mais educação)
    Unidade 14 – Legislação e políticas para a criança e o adolescente e a Política Nacional sobre Drogas (PNAD)
    Unidade 15 – Sistema Único de Segurança Publica (SUSP) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI): um novo panorama para o Brasil
    Unidade 16 – Conselhos: espaço de participação e controle social
    Unidade 17 – Por que e como implantar um Conselho Municipal sobre Drogas
    Módulo IV – Temas Transversais
    Unidade 18 – As drogas e os meios de comunicação
    Unidade 19 – Trabalho infantil: fator de risco para a violência e para o uso de álcool e outras drogas
    Unidade 20 – Violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes
    Unidade 21 – Mediação de Conflitos
    Unidade 22 – Subvenção Social
    Promoção
    Teleconferências Anteriores

    sexta-feira, 1 de julho de 2011

    Ética e Sustentabilidade



    Assista:
    http://www.youtube.com/watch?v=-4wCtDToSuo

    Uma proposta pedagógica de proporcionar a aprendizagem integral do indivíduo dentro de uma visão ecológica de sustentabilidade.

    http://www.amigosdoverde.com.br/


    Segundo Edgar Morin, "Educação deve contribuir para a autoformação da pessoa (ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver) e ensinar como se tornar cidadão. Um cidadão é definido, em uma democracia, por sua solidariedade e responsabilidade...".