sábado, 24 de dezembro de 2011

THE ECOLOGIST Revista

"...são as florestas que alimentam as nascentes dos rios. Com floresta a água é armazenada no solo e quando a chuva passa, resta toda a umidade retida no solo penetrado pelas raízes. No entanto, quando nós, seres humanos, desmatamos, rompemos este ciclo natural e a água da chuva deixa de penetrar no solo e abastecer as nascentes e passa a escorrer rapidamente para os rios, causando enchentes. E enchente é sinal de seca mais adiante, pois se a água não foi naturalmente retida no solo, vai faltar na sequência temporal. Enchentes e secas são consequências do desmatamento. O único jeito de reequilibrar o sistema é plantando árvores nativas, recompondo florestas originais".
Ana Primavesi - uma das pioneiras da Agroecologia no Brasil


O atual modelo de desenvolvimento econômico predador e o estilo de vida de constante desperdício são analisados no artigo, "A Justiça na Era do Hiperconsumo", destaque de capa na edição número 21 da revista Ecologist Brasil. Em seu editorial, a revista posiciona-se contra as alterações no Código Florestal Brasileiro. Trata ainda da situação da água no planeta, os 40 anos da AGAPAN, a luta dos índios Guarani em defesa da vida e de seus territórios, a viabilidade da energia solar no Brasil, a campanha contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, além de ensinamentos de Ana Primavesi e uma homenagem à ativista queniana recentemente falecida Wangari Maathai. Também aborda o tema trabalhar em casa: rumo a uma nova sociedade, entre outros assuntos. É a edição mais brasileira de todas até agora, pois a maioria dos artigos são de autores brasileiros.
A Revista The Ecologist Brasil você encontra:
Preço: R$ 10,00
Feira Ecológica/ Banca de Livros do Augusto Carneiro:
Av José Bonifácio das 9 às 13 horas;
Ou pelo correio: theecologist@terra.com.br (com Vanete Farias)


Fonte: Blog da AGAPAN
http://www.agapan.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Belo Monte - A Guerra pela água no Brasil



Belo Monte é o nome do projeto da segunda maior Usina Hidrelátrica do Brasil - atrás da binacional Itaipu - a ser construída no Rio Xingu - Pará.

Perspectivas positivas são lançadas,

mas valerá o dano irreversível a um patrimônio do Brasil e da humanidade?

Impactos iniciais já acontecem: os ânimos estão acirrados. Outros serão causados como mudança da paisagem, transferência do povo nativo, poluições causadas pela instalação da infra-estrutura da obra, alteração na biodiversidade, da navegação e do acesso aos rios pela população, perda de fontes de renda e sustento das famílias, e, principalmente, futuramente, áreas da floresta Amazônica desaparecerão, e o rio Xingú terá seu curso desviado para um reservatório, diminuindo sua vazão e as possibililidades daqueles que dependem dele para sobreviver. Humanos e não-humanos, estão em risco. No final dos anos 80 iniciou a luta contra esta obra e ela está tomando sérias proporções.

“O Governo federal só vai construir a usina se matar os índios que vivem aqui. O Rio Xingu vai ficar vermelho de sangue”. Luis Xipaia da aldeia Tukaia

ESTÁ MUDANDO O CLIMA SÓCIO-AMBIENTAL - Somos todos vulneráveis às variações deste clima. Ambientalmente falando, a floresta, lá no norte do país, equilibra o clima aqui no sul e este equilíbrio depende de muitos fatores. Socialmente abordando o tema, as tenções e ameaças resultantes nos atingem de forma complexa. Não podemos ignorar o que está acontecendo. Ignorar no sentido de não ter as informações, como, também, de não querer saber do assunto, pois os resultados, certamente, nos atingirão.

Do ponto de vista ecológico a obra Belo Monte destrói ecossistemas que prestam serviço, gratuitamente, a toda a população, para atender a interesses econômicos. Defendemos aqui o valor ambiental, mas, também, o valor social da natureza. O desequilíbrio natural desencadeia crise social. É preciso repensar nosso modelo de desenvolvimento, nossos valores, nossas ações. Qualidade de vida para alguns não deve provocar a privação na vida - e de vida - para outros.
Para compreender mais baixe aqui o livro Mudanças Climáticas e Mudanças Socioambientais Globais: reflexões sobre alternativas de futuro
http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001918/191897POR.pdf

São muitas informações e pontos de vista, porém não podemos nos isentar.

Para acompanhar a cronologia do processo